terça-feira, 16 de outubro de 2012

SOMOS SERES SOCIAIS


Hoje escreverei de uma maneira diferente, um tom mais pessoal, não citarei versículos, embora a gloria e hora sempre darei ao Senhor Jesus, pois Ele é o meu Senhor e salvador.
Enquanto escrevo estas linhas, estou sentado ao lado de meu pai em um leito de hospital, ele fez uma cirurgia chamada vasectomia total, para retirada de um câncer no estomago, a cirurgia foi um sucesso, mas após vinte dias houve hemorragia, por isso estamos aqui, pois os médicos estão buscando a causa deste sangramento.
Durante os dias que estou neste hospital, pude observar um pouco mais o comportamento humano, vendo ângulos que em outras ocasiões não me chamavam a atenção, talvez pela correria do nosso dia a dia. Conheci casos distintos, pessoas distintas, cada um com sua história, cada caso com sua particularidade, entretanto, hoje a esposa de um paciente buscou minha ajuda para auxiliar-los no banho de seu marido, ele está tetraplégico após um acidente de moto, o quadro é favorável, deverá voltar com seus movimentos depois de um período de tratamento, todavia o fato me fez meditar em nosso comportamento social, nós como seres humanos, lutamos por nosso individualismo, por sermos donos de nossa independência, mas sempre, de uma forma ou outra, criamos estrategias para ocasiões como estas. Embora o capitalismo social nos obrigue a busca individual tentando sempre superar nosso companheiro para sermos o melhor, pois só os melhores se destacam e são valorizados, em dados momentos nos voltamos às nossas origens e nos tornamos o que realmente somos, um grupo social, indivíduos que abandonam seu individualismo para ajudar o próximo, seja um amigo parente ou até mesmo um desconhecido, deixamos o nosso egoismo de lado para levar auxilio a alguém.
Seres sociais, essa é a nossa essência, embora o mundo tente nos separar, nos modificar, levando cada vez mais, as pessoas a viverem só em apartamentos ou casas, isolados, distantes, sem contato com seu vizinho ou até mesmos parentes, as vezes sem sabermos quem mora na casa ao lado, entretanto, em determinados momentos somos chamados ao nosso verdadeiro ser e dedicamos um tempo para alguém que não seja nós mesmos. Isso foi o que pude perceber nestes dias aqui, e não só o fato de ajudarmos diretamente, mas também a preocupação coletiva de saber que devemos criar mecanismos para amparar o ser humano em situações onde não haja alguém para ampara-lo, como é o caso de instituições como asilos, abrigos para sem teto, orfanatos e até mesmo os hospitais, pois o instinto social que existe dentro de nós, nos faz criar instrumentos que auxiliem o indivíduo quando este não tem a mão estendida de alguém próximo.
Isso me alegrou, saber que embora o inimigo tente nos separar para assim sermos fracos, nosso ser instintivamente nos uni pela essência valorosa da criação divina.
Rio Branco, AC - 15 de outubro de 2012 (Fundação Hospitalar, leito 123)

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